Coronel reformado diz em depoimento à Comissão da Verdade do Rio que Exército montou a versão de que ex-deputado foi sequestrado por terroristas
Álbum de família/Divulgação
"Fusca incendiado fez parte da montagem para encenar fuga de Rubens Paiva"
Em depoimento à Comissão Estadual da Verdade do Rio, o coronel reformado Raimundo Ronaldo Campos admitiu que o Exército montou uma farsa para esconder a morte do ex-deputado Rubens Beirodt Paiva, que aparece na lista de mortos e desaparecidos do período da ditadura militar desde o dia 20 de janeiro de 1971.
Segundo o depoimento, divulgado ontem pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na noite do dia 21 de janeiro daquele ano Campos e outros dois militares teriam recebido ordens de seus superiores para atirar na lataria de um Fusca e incendiá-lo em seguida, no Alto da Boa Vista, no Rio. A montagem era para sustentar a versão oficial de que, ao ser transportado por militares, o ex-deputado foi sequestrado por terroristas, que atearam fogo no carro.
Campos disse saber que se tratava de uma operação para "justificar o desaparecimento de um prisioneiro". Revelou também ter informações de que ele já estava morto.
Acusado de manter correspondência com exilados político, Paiva - que havia sido cassado em 1964 - foi preso em casa, diante de familiares. Militares da Aeronáutica o levaram e o entregaram ao Destacamento de Operações de Informações do 1.º Exército (DOI).
Via: msn
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