quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Idade máxima para doação de sangue passa de 67 para 69 anos


Ministério da Saúde espera aumentar número de doadores fidelizados em 2 milhões
Foto: Olival Santos
Idade máxima para doação de sangue passa de 67 para 69 anos
Nova portaria do MS diz que doadores de sangue devem ter idade entre 16 e 69 anos
Repórter:
Josenildo Torres

A idade máxima para doação de sangue, que era de 67 anos, foi alterada para 69 anos, segundo portaria do Ministério da Saúde, assinada nesta terça-feira (12). Com esta ação, o Governo Federal espera aumentar em dois milhões o número de doadores de sangue fidelizados, que em Alagoas atualmente corresponde a apenas 2%, segundo levantamento realizado pela Hemorrede Pública de Alagoas.
Com o aumento da faixa etária, que já está em vigor em países como os Estados Unidos da América (EUA), França e Espanha, os alagoanos com idade entre 16 e 69 anos poderão se candidatar à doação de sangue, desde que atendem aos demais pré-requisitos exigidos pelo Ministério da Saúde. Isso porque, além da idade preconizada, o voluntário deve ter peso igual ou superior a 50 kg, estar em boas condições de saúde e portar um documento de identificação com foto.
No caso dos menores de 18 anos, é necessário estar acompanhado dos pais ou portando um documento de identificação oficial e original dos responsáveis, além de uma autorização formal, que em Alagoas pode ser baixada pelo site www.saude.al.gov.br/hemoal . Além destes pré-requisitos, os candidatos à doação de sangue não devem ter contraído hepatite após os dez anos, nem podem ser portadores do vírus HIV ou terem sido acometidos por sífilis e Chagas. No caso das mulheres, a doação de sangue não é permitida para àquelas que estejam grávidas ou amamentado.
Implantação de novo teste – E além da ampliação da idade máxima para doação de sangue, o Ministério da Saúde divulgou nova portaria que torna obrigatória a realização do teste NAT (teste de ácido nucleico) em todas as bolsas de sangue coletadas no País. Uma realidade que já acontece nos Hemocentros de Alagoas (Hemoal) e Regional de Arapiraca (Hemoar) desde janeiro deste ano, já que as duas unidades foram os primeiros bancos de sangue alagoanos a aplicarem o exame sorológico exigido pelo Ministério da Saúde.
“Mais uma vez o Hemoal e o Hemoar se destacam quanto à qualidade de seus serviços sorológicos e foram os primeiros bancos de sangue alagoanos, entre públicos e privados, que primeiro cumpriram as diretrizes exigidas pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Com isso, além dos doadores terem a garantia de que todo o material utilizado na Hemorrede Pública de Alagoas é descartável, os pacientes do SUS têm a segurança de que o sangue recebido é testado, examinado e está livre de qualquer contaminação”, reafirma a diretora da Hemorrede Pública de Alagoas, Verônica Guedes.
Enquanto os demais bancos de sangue terão 90 dias para se adequarem à nova portaria do Ministério da Saúde, “o Hemoal e o Hemoar são duas ilhas de excelência em Alagoas e, há dez meses, já realizam o Teste NAT. Uma prova de que é possível oferecer a população um serviço público eficiente, de qualidade, ágil e humanizado, que deve orgulhar a todos os alagoanos, além de os incentivarem a doarem sangue regularmente”, ressalta a diretora da Hemorrede Pública de Alagoas.
O Teste Nat – O Teste NAT é produzido pelo laboratório público Bio-Manguinhos, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e reduz a janela imunológica ou o tempo em que o vírus permanece indetectável por testes. No caso do HIV ele reduz de 22 para 10 dias a janela imunológica e no caso da Hepatite C ele reduz de 35 para 12 dias.
“O NAT identifica o material genético do vírus e não os anticorpos como ocorre em outros exames, o que permite um resultado mais rápido e eficaz. Por exemplo, os demais métodos sorológicos identificam a doença a partir da produção de anticorpos após a infecção provocada pela doença. Desta forma, os anticorpos contra o HIV somente são detectados no sangue com 22 dias, após a contaminação, e os de HCV, com 70 dias”, explica a diretora da Hemorrede Pública de Alagoas.


Fonte: Ascom / Saúde

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